No âmbito da celebração do Dia Internacional da Tolerância, os alunos realizaram, nas aulas de Cidadania e de Português, várias atividades centradas na identificação de preconceitos e formas de discriminação do outro. Foi abordada a história trágica e muito atual de Anne Franck, testemunho único de luta pela sobrevivência numa época de constante opressão e intolerância.O valioso testemunho desta heroína sensibilizou e prendeu a atenção da larga maioria dos alunos.
Conciliando conteúdos programáticos (a estrutura da carta), os alunos da turma C realizaram atividades de escrita criativa sobre a temática abordada A Tolerância, proposta pela professora Paula Castro.
Margarida S., 6.º C
Vila Praia de Âncora, 17 de dezembro de 2017
Olá, Anne Franck:
Conheci-te num filme que a minha professora de Português mostrou. Achei muito bem a fachada da escola onde tu andaste, ter partes do teu diário com a tua letra. Gostei também do teu gato Mouschi, extraordinariamente interessante.
Queria saber mais sobre ti e sobre a tua vida. Como sou curiosa, queria investigar mais.
Acredito que a tua vida tenha sido muito difícil.
Se pudesse ajudar, dizia ao governo nazi que todas as pessoas são iguais, sendo de outra religião ou de outra cor de pele. Nós não podemos discriminar as pessoas, isso é um crime.
Acredita que eu ajudaria o mundo inteiro só para puderes ter uma vida melhor. O meu sonho desde pequenina é ajudar quem mais precisa.
Gostaria que, um dia, pudesses receber esta carta.
Margarida S.
Afonso C., 6.ºC
Vila Praia de Âncora, 17 de dezembro de 2017
Querida Anne:
Escrevo-te esta carta, pois sei que
tiveste uma vida difícil. Conheci-te pela minha professora de Português, que
nos mostrou um filme sobre ti, quando abordamos o tema «Tolerância», na
comemoração do Dia Internacional para a Tolerância.
Lamento o que te aconteceu, mas acima de tudo
admiro a tua coragem. A tua melhor amiga, a Kitty (o teu diário), está em segurança
na “tua casa”, em Amesterdão, na Holanda. O teu pai conseguiu sobreviver à
guerra…
O que os nazis fizeram foi inaceitável, eles
tratavam-vos como se fossem monstros, mas os monstros eram eles!
Não
sabes, mas escreveram um livro, quer dizer, vários livros sobre ti.
Na
nossa feira do livro estava à venda um deles «O diário de Anne Frank – Diário
Gráfico», uma adaptação em banda desenhada, de Ari Folman e David Polonsky. Dois
colegas compraram-no, o Renato e a Matilde, e foi baseado no teu diário. O teu
sonho tornou-se real!
A turma toda ficou tocada no coração após ter visto o
filme sobre a tua vida. Tenho pena de ti e de todas as crianças, homens e
mulheres que morreram. Fico muito triste, Anne, gostava que isto nunca tivesse
acontecido.
Despeço-me com amizade,
Afonso